Os três porquinhos - Trimoços

Quem me conhece sabe que não gosto de me meter na vida dos outros. É óbvio que ninguém me conhece, mas sou daqueles que nunca olhou com olhos de ver para a horripilante e desarmónica cara do Petit. Não me importo se as minhas vizinhas de cima são lésbicas, mas gostem de ter aventuras com o vizinho de baixo às segundas, quartas e sextas. Nem nunca tentei investigar de onde vem o dinheiro para os meus vizinhos ciganos terem à porta aqueles Mercedes todos (há quem diga que na feira se ganha muito bem, eu aposto na droga, mas como já disse não tenho nada a ver com isso).
Porém há coisas que passam dos limites e ainda há bem pouco tempo tive uma grande discussão com um dos meus companheiros de blogue, devido a uma senhora que todos nós conhecemos. Falo, obviamente, da velhinha da Neoblanc.
Quanto ganhará a idosa por cada anúncio que faz à lixívia? JC defende a tese de que a frágil anciã ganha muito pouco e vive numa pobreza extrema, ali para os lados da Pedreira dos húngaros. Não sou da mesma opinião e tenho para mim que a avozinha recebe, por cada reclame, o suficiente para se conservar tranquilamente num condomínio fechado.
Como o amigo leitor já deve ter desconfiado a altercação descambou para o mordomo da Sonasol. Como todos sabem o velhinho foi substituído por um bastante mais jovem. Ouvi dizer, nas ruas da amargura, que o velho ficou senil por, de repente, se ter visto com tanto dinheiro. Mas isto não sou eu quem o diz, são aqueles intriguistas que só querem saber da vida dos outros.

JM