Os três porquinhos - Trimoços

Blogue mantido, a muito custo, por António Simas, João Campos e João Miranda - Temos imperiais e tremoços sempre a sair!

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Ooopss, caiu-me a mão

Querido diário, escrevo por estas linhas com a mão feita num oito, o frio que veio para ficar abençoou-me com frieiras que fazem com que a minha mão pareça de alguém com o triplo do meu peso, dizem que a melhor cura será urinar em cima da mão mas o gás acabou e a água sai em cubos de gelo e evito ao máximo o contacto com a mesma. Passei toda a tarde nesta cadeira, tal consumidor de heroína a ressacar, também eu sofro de espasmos frequentes se passo muito tempo imóvel, a minha mãe até já perguntou se ando metido nessas coisas. O meu aquecedor ‘pifou’, desde de Setembro que luto para que me dêem um, já contactei o programa do Goucha mas parece que a minha luta não merece 5 minutos de fama, já fui ao programa da Fátima Lopes, gosto muito de a ver trabalhar, mas ainda não tive retorno, até cheguei a fazer de figurante no Natal dos Hospitais mas o dinheiro foi investido na viagem do JM a África.
O frio é tanto que passo a vida a tremer e é tão violento que quando rio ou faço um esforço perco uma ou outra gotinha. Tenho vergonha de sair do quarto porque o meu nariz tem uma espécie de estalactite de origem ranhosa que custa a partir.
Invejo o JC que tem todo o calor humano que necessita, o jovem senegalês que trouxe de África tem tamanho suficiente para o cobrir e protegê-lo do frio e quando não estão enrolados correm pela sala e dão palmadinhas no rabo um do outro o que sempre aquece um pouco. Quanto ao JM continua agarrado à garrafa de Vodka e grita muitas vezes a dizer que os duendes voltaram para lhe roubarem as meias, já lhe disse que o álcool faz mal mas ele diz que lhe aquece o espírito.
Ontem ainda saí à rua para ver a neve, não é todos os dias que neva aqui em Odivelas, e enquanto o JC brincava à apanhada com o seu companheiro eu contemplava aquela beleza até que fui atingido por uma bola de gelo maciça enviada pelo JM que fez um corte enorme na cara pelo que levei alguns pontos…
Agora tenho de te deixar que os espasmos estão a voltar e o JC está a pedir para eu lhe ir comprar mais um tubo de vaselina.

AS

“Ché sócio”

Escrevo estas linhas a partir do único computador existente em toda a superfície terrestre do Lesoto. Chegou ao fim a minha expedição por África e tenho hoje comigo os dados finais da tese que iniciei há pouco mais de três meses.
Por entre tempestades de areia, guerras civis e tribos canibais da África subsariana, calcorreei países tão atractivos como a Tanzâniai, o Burkina Faso ou o Botswana. Tudo para confirmar a teoria de que todos os indivíduos de raça negra se conhecem uns aos outros, sejam eles de onde forem.
Na grandiosa viagem fiz-me acompanhar por três pessoas negras (Janício, da Brandoa, Sanã Bambu, Cova da Moura e Dromir Kiwi, da Pedreira dos húngaros). Ainda no aeroporto de Lisboa, uma família angolana que chegava do seu país abeirou-se deles com enorme alegria, falando animadamente em crioulo e quase perdíamos o voo.
Mal aportámos no norte de Marrocos os meus três acompanhantes foram logo abordados por dezenas de comparsas, que os cumprimentaram daquela forma peculiar também vista por cá: um entrelaçar de dedos, um toque no peito e uma pirueta.
Em cada país que visitávamos a história repetia-se. Abraços logo nas fronteiras, almoços, nos países em que havia comida, e noitadas.
No fim de uma dessas noites, quando ia fazer as minhas necessidades fisiológicas a uns arbustos, dei de caras com o meu colega de blog, JC, desprovido de roupa, na companhia de um negro, claramente senegalês. Ainda hoje recordo a cara de dor de JC, nos braços daquele musculado indivíduo.
A expedição continuou. Os meus acompanhantes conheceram todos os outros negros que se cruzaram com eles, à excepção de Kumba Ialá, que na altura não usava o seu gorro e não foi compreensivelmente reconhecido.
Regresso para a semana a Portugal. Estou só à espera que JC tenha alta do hospital militar do Gabão, onde ainda espera que lhe tirem os pontos do ânus, para que possa ir sentado no avião.

JM

Tenho uma pena de morte...

O meu colega JC deu o mote e cá estou eu para contrariar a ideia de que este blog só aborda questões levianas, pretendo pois escrever sobre a pena de morte.
É noticia que os E.U.A. alcançaram esta semana a marca das 1000 execuções, o simpático presidente do país é um acérrimo defensor da pena de morte desde que seja justa e rápida afirmando também que esta prática pode salvar muitas vidas inocentes, o que me leva a pensar que deixar o senhor apodrecer numa cela também salvará muitas vidas nomeadamente de iraquianos inocentes.
Também veio à baila a ideia de que este país (mais propriamente a CIA-serviços secretos lá do sitio) usa outros países para encobrir os seus actos, isto é, deporta criminosos para outros países para ai serem torturados e quem sabe mortos, ora, quem me acompanha já há algum tempo sabe que Portugal fazia uso deste método já desde a queda da monarquia, enviávamos criminosos para a África do Sul, aí era-lhes dado um novo nome, uma família e um emprego de preferência como comerciante sendo que estes faziam uma vida normal até que um dia eram mortos por negros indígenas sem razão aparente. Esta medida foi encoberta até meados do ano passado porque dia sim, dia sim era assassinado brutalmente um português na África do Sul o que começou a levantar muitas suspeitas.
Da minha parte tenho a afirmar que sou defensor da pena de morte mas em moldes mais violentos, penso que a vingança popular é o caminho a seguir, o criminoso é exposto numa praça, tem liberdade de movimentos, ao mesmo tempo que é confrontado com uma multidão de pessoas em fúria municiadas de paus, pedras, chinelos, soqueiras e tacos para que possam fazer justiça, isto sim é justo.
Não vejo a hora de a medida ser aprovada porque sei que há por ai muita gente que quer fazer mal ao Serginho ( a pedido de muitas familias tenho de dizer que me refiro ao Serginho participante da 1ª Companhia)…

AS

O que é a vida?

Tendo em conta que uma das lacunas graves que este blog tem é a falta de filosofia de vida, de questionamento interior, de procura de respostas concretas quanto às maiores questões que desde sempre atormentam o Homem, resolvi começar a debruçar-me (verbo frequentemente utilizado pelo JM e AS, sobretudo quando acompanhados de indivíduos do sexo masculino, embora também mencionem muito o verbo "pendurar-se") sobre estas questiúnculas muitas vezes negligenciadas por todos nós que escrevemos m... porcaria.
Então a pergunta que ora lanço é a seguinte: porque é que existem gays? A resposta surgiu-me mais cedo do que imaginava: gritou-me o JM da casa-de-banho "quem é que levantou o tampo da sanita??" e logo o AS "alguém sabe do meu rímel?"...aqui está, amigos. Os gays existem porque se não existissem, pessoas como AS e JM não seriam nada de especial e eu não poderia gozar com eles. Simples, han?

JC

PS: larguem o meu rabo, já disse que não podem tocar!

Assustado

Preciso de desabafar. Não aguento mais. Tenho de falar com alguém, mesmo que seja na forma de um monólogo ou se preferirem um diálogo com um teclado sujo e porco, que já sentiu o sabor da cerveja, da coca-cola, do pó e do cotão. Tenho de admitir que há algo que nos últimos dias me tem assustado muito. Não, não são as tendências sexuais estranhas cada vez mais explícitas do JM e os seus assédios constantes e agressivos. Também não é a mania do AS em pintar as unhas dos pés e depilar as axilas em forma de coração. Sim, eu sei que a mania que os sportinguistas têm de chegar a Janeiro e ainda pensarem que vão ser campeões é de assustar qualquer um, mas isso passa-me ao lado e não é o que me assusta neste momento. O que me assusta é que se aproxima o fim do 12ºano, com tudo o que isso tem de bom e de mau. Aproximam-se exames, estudo redobrado, stress, pouco descanso...mas pior do que tudo: aproximam-se decisões. Pois, porque eu sou um daqueles gajos que são capazes de chegar ao fim do ano sem saber bem que curso seguir. Sou um daqueles idiotas irresponsáveis que pensam que a vida é um estalar de dedos e que o futuro podemos contrui-lo no momento em que mais nos apetecer, da forma mais cómoda e da maneira mais fácil. Estou assustado. Até aqui a vida foi um passeio. Sinto-me um perfeito anormal de cada vez que se chega uma velha da minha família ou um amigo dos meus pais e surge a pergunta sempre inoportuna e irritante: "E tu, Joãozinho, o que é que vais seguir? O quê? Ainda não sabes? Então quem é que sabe? Quando é que pretendes descobrir?". Sinceramente às vezes apetece-me responder que ainda estou à espera que chegue uma fada (gira e boa, de preferência) que me diga o que é melhor para mim, sendo certo que vou ter sucesso, pouco trabalho e um grande ordenado. Ou então rezo pelo Euromilhões. Ou pela Marisa Cruz + Euromilhões. Ou pela Marisa Cruz + Iva Domingues + Euromilhões. Pronto, é isso. É isso que quero seguir. Quero ser o próximo vencedor do Euromilhões e levar as sobreditas rapariguitas como prémio. Pode ser, fada gira e boazona? Deixas?

JC

Mira Técnica



Estou chocado, devo ser o único ser neste Portugal que ainda não tinha reparado que já não existe mira técnica na televisão portuguesa, esta descoberta deu-se ontem quando ao deitar-me decidi assistir um pouco ao que se passa naquela caixinha mágica, que raio, substituíram a mira técnica por televendas mas parece que já foi há algum tempo…
Guardo com saudade os tempos em que apenas podíamos fazer zapping entre os dois canais da RTP, do tempo em que as emissões acabavam com o hino nacional que elevava o espírito patriótico de todos e prolongava-se pela noite dentro um “piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii…” avassalador, tempos em que não havia malucos do riso, nem Bizalhão, nem tão pouco telenovelas na SIC, o José Castelo Branco era conhecido como Tatiana e não assombrava as pessoas no horário nobre, uma era em que as famílias ainda se reuniam em frente da televisão e rejubilavam com o 123 de Carlos Cruz…
Enfim, saudosismo para quê?

AS

Pare, escute e olhe!



AS&JM&JC

Revista Anual

A ressaca ainda é recente, a passagem de ano deixou marcas profundas, pela minha cabeça passam imagens de shots, gritos, pessoas a rebolar e outras a pedirem que eu me cale,a isto junta-se a tatuagem que fiz no braço com a isncrição "Amor de Vodka 2005", tudo me faz pensar que a noite de passagem de ano ficou marcada pela loucura…
Depois de curar a ressaca olhei para o ano que deixámos para trás, parece-me um pouco óbvio que o mundo caminha para um fim anunciado, por entre furacões que arrasam os pobres dos americanos, a terramotos que devastam a economia do Paquistão, passando por um gripe mortal que pode ser cozinhada, não esquecendo o eterno conflito Israel/Palestina que levou o presidente do Irão a afirmar a sua crença de que o Holocausto foi uma invenção dos Judeus, acabando na morte do Papa mais representativo de sempre, tudo isto me dá a ideia de que o Apocalipse está ai portanto preparem-se…
Nós por cá…bom, cada vez mais Portugal se torna um país onde nada acontece, a vacina da gripe das aves não chegou cá nem tão pouco a gripe, o furacão que se temia que viesse destruir isto tudo também pensou duas vezes antes de meter cá os pés, e a água que também não aparece, estaremos nós a ser esquecidos? Talvez não, até porque vários acontecimentos marcaram a evolução deste país à beira-mar plantado, tivemos o nosso primeiro grande arrastão na praia de Carcavelos (aconteceu mesmo, a minha irmã participou), trouxeram o 1ºSalão Erótico a Lisboa e acabámos com o terramoto mais forte dos últimos 40 anos, e claro a conquista do campeonato por parte Benfica ajudou à retoma económica do país bem como a derrota do Sporting na Taça Uefa que fez disparar a venda de Melões.
No fundo foi um ano bom, estrelas da música uniram-se para ajudar a combater a fome, o Fyssas deixou o Benfica, o JC deixou o anão do Circo Chen, o JM já não usa aqueles soutiens de silicone porque deixou de passar as noites no Técnico, o menino azul ainda está vivo, saldo positivo então?
A nível pessoal tudo correu da melhor maneira, consegui que o grupo burlão chinês que me fez doar dinheiro para a salvação de uma espécie de urso castanho ao qual extraíam a bílis com o intuito de fazer cosméticos me devolvesse o dinheiro de forma a conseguir pagar os meus estudos, o rapaz que ao qual doei parte da minha espinal medula está vivo e de boa saúde, só faltava mesmo o Scolari deixar a selecção.
Agradecimentos: Família (não enuncio nomes porque são muitos), Miranda, Campos, Monteiro, Yara, Marta, André, Jojó, Lena, Nanes (porque me aturam mais que os outros), Kuka, Guimby, Andrea, Tita, Fred (pela última noite do ano e não só), pessoal do 9ºA, colegas da ESO, colegas de CS do ISCSP, colegas dos AA, forcados amadores da Moita, e webdreamer, Monsieur Bimbô, Márcio, mfc, mmh, Carlos Barros (por comentarem mais que os outros).
A toda esta gente e ao resto que faz parte do meu pequeno mundo um óptimo ano de 2006.

AS


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