Quando tento recordar-me dos tempos da escola primária as imagens surgem na minha memória demasiado turvas, como se aqueles anos nunca se tivessem passado na minha vida ou como que querendo omitir que usei uma mochila do Mickey.
De passagem lembro-me somente de um colega que levava sempre para a escola, como se algo de sagrado se tratasse, uma enorme ranhoca verde no canto do nariz, ou de uma colega que comia borrachas e bebia corrector durante as aulas.
Mas eis que se faz luz na minha cabeça! Como pude esquecer-me de tal ritual durante tanto tempo?
De quinze em quinze dias batiam à porta da nossa sala de aula. Lá vinha ela, a contínua badocha (a quem carinhosamente chamávamos de “baleia azul”). Nas mãos um tabuleiro, no tabuleiro dezenas de copinhos de plástico com um líquido incolor. A minha face contorcia-se e em uníssono suspirávamos: ooooooohhhhhhhhh! Estava na hora do bochecho! Os copinhos eram divididos por todos. A professora acertava o seu relógio e à sua ordem despejávamos o líquido para a boca. Durante um minuto bochechávamos aquilo (hoje sei que é uma solução de fluoreto de sódio a 0,2%), sob o olhar atento da professora e da “baleia azul”. O som do bochechar vigoroso (bem como a ranhoca verde do meu colega) ainda hoje me corrói as paredes do crânio.
Não sei porquê, mas hoje tenho saudades do bochecho e estou a preparar uma carta para exigir que estendam esse procedimento ao ensino superior. Quero bochechar na faculdade!
Afinal eu era feliz e não sabia...
JM
De passagem lembro-me somente de um colega que levava sempre para a escola, como se algo de sagrado se tratasse, uma enorme ranhoca verde no canto do nariz, ou de uma colega que comia borrachas e bebia corrector durante as aulas.
Mas eis que se faz luz na minha cabeça! Como pude esquecer-me de tal ritual durante tanto tempo?
De quinze em quinze dias batiam à porta da nossa sala de aula. Lá vinha ela, a contínua badocha (a quem carinhosamente chamávamos de “baleia azul”). Nas mãos um tabuleiro, no tabuleiro dezenas de copinhos de plástico com um líquido incolor. A minha face contorcia-se e em uníssono suspirávamos: ooooooohhhhhhhhh! Estava na hora do bochecho! Os copinhos eram divididos por todos. A professora acertava o seu relógio e à sua ordem despejávamos o líquido para a boca. Durante um minuto bochechávamos aquilo (hoje sei que é uma solução de fluoreto de sódio a 0,2%), sob o olhar atento da professora e da “baleia azul”. O som do bochechar vigoroso (bem como a ranhoca verde do meu colega) ainda hoje me corrói as paredes do crânio.
Não sei porquê, mas hoje tenho saudades do bochecho e estou a preparar uma carta para exigir que estendam esse procedimento ao ensino superior. Quero bochechar na faculdade!
Afinal eu era feliz e não sabia...
JM
Como sorrimos ao recordarmo-nos de pequenas coisas que fizeram o nosso dia a dia!
Sorrimos também um pouco de nós, sim!
eh lá seja bem vindo, bolas grande ausencia, quando abalares assim avisa, ou pelo menos deseja um bom natal llooll.Bjokas
Há sec que não se lia o JM, lá aparecia o AS ou o JC...
Tempos de fac ainda vão ser mais divertidos!
Inventa lá os novos rituais!
- viva o bochecho!
(que saudades)
Eu acho que vou exigir uma indemnização! Nunca tive uma baleia azul que me obrigasse a bochechar! E mais, nunca tive o prazer de conviver com alguém com uma ranhoca verde pendurada! Talvez esteja aqui a explicação para uma escolaridade tumultuosa!
eheheh!! Excelente post meus amigos porquinhos!!!
Saudações infernais!
Trimoços = Aspirantes do Gato Fedorento
Eu até gostava...