Os três porquinhos - Trimoços

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Façam fila se faz favor!



Há dias disseram-me na cara que sou estranho. Sim admito, interesso-me por extraterrestres, anões e sandes de presunto. Mas basta olhar à minha volta para perceber que há gente mais estranha que eu. E para já aponto o grupo social das velhinhas que passam à nossa frente nas filas dos transportes públicos.

Normalmente numa paragem de um autocarro as pessoas formam uma espécie de fila indiana (isto para quem já não os usa há algum tempo) e essa fila mantém a sua configuração até à chegada de uma qualquer velhinha inocente. Digo inocente porque olho para elas e só me dá para pensar em acções altruístas, do tipo ajudá-las a atravessar a estrada, procurar os gatos delas que estão presos em árvores, limpar-lhes a cara quando se babam muito, enfim, sou assim. E lá vão elas sorrindo enquanto se dirigem para a entrada do veículo, pé ante pé, e quando reparo já estão a minha volta e com um sorriso ainda mais terno que esconde bem toda aquela malícia que têm dentro delas.
E heis que chegamos à entrada do autocarro, e há ali um impasse, "deixo a senhora passar? Ou forço a entrada que é um direito meu? " - penso para os meus botões - e num acto impensado decido não entregar de mão beijada este meu direito. O que é que acontece? Empurro a velha sem dó nem piedade e solto uma gargalhada sonora "Muhahahaha", e como é óbvio, a senhora protesta como se tivesse razão e consegue virar toda uma multidão contra mim.

Sinceramente, já reparam na ligeireza movimentos com que elas fazem isto? Parecem felinos dotados de uma agilidade impressionante. Sujeitos com aquela destreza de movimentos só costumo ver nas olimpíadas ou quando aparecem chineses no 'Herman circo'. Cá para mim são seres de outro planeta que são enviados para estudar até que ponto vai a paciência humana. Ou então são velhotas que andam a tomar demasiadas vitaminas e têm de esgotar a energia de alguma forma. Mas também as podemos comparar a crocodilos, são rápidos em espaços curtos mas cansam-se rapidamente. Isto porque depois de fazerem esta proeza e ao entrarem no autocarro parece que perdem a energia e exigem o nosso lugar sentado.

Mas na verdade o que as faz pensar assim? Será que as varizes e pernas arqueadas pela idade lhes confere o direito a quebrar algo que é instituído pela sociedade há décadas?

AS


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