Os três porquinhos - Trimoços

ponto prévio: pode causar surpresa, loucura, pânico, ou até diarreia, mas, sim, sou mesmo eu, o famigerado e ansiado jm, que assina o seguinte texto.

e antes que comecem as perguntas ou o trânsito intestinal descontrolado passo a explicar a razão da minha longa ausência: caiu-me um braço! isso mesmo, caiu-me um braço! como é que tal aconteceu? difícil de explicar e ainda mais complicado de executar.
fazia o jantar algures no meio do nada, eram 21 horas de uma sexta-feira perdida no calendário. um tomate numa mão, uma faca estupidamente afiada na outra e eis que se dá o encontro fatal. a faca desliza, escapa ao fruto (sim, o tomate é um fruto) e atinge-me ao nível do ombro. pele, carne, tendões, nervos e osso, tudo é despedaçado ao passar da faca. o meu braço cai na cuba do lava loiça, junto a cascas de batatas, de cebolas e ao super pop limão. o meu membro recém dilacerado ainda salta, estrebucha, jorra sangue por toda a cozinha.
os primeiros pensamentos são de terror: nunca mais vou jogar à bola, nunca mais vou poder fazer a roda ou o pino e, pior, esqueci-me de esconder a playboy e a minha mãe está a arrumar o meu quarto!
Consultei os melhores especialistas do mundo e todos me disseram o mesmo: você cortou o braço.
ao saberem disto "as" e "jc" cantaram: quem não bate palmas é braceta, é braceta, é bracetaaaaaa! Sou braceta, sou sim senhor, com muito orgulho, com muito amor.

p.s.: o texto não tem maiúsculas por uma razão muito simples: só tenho um braço!

jm