Nel Monteiro no seu melhor
6 Comments Published by Os 3 porquinhos on terça-feira, novembro 28, 2006 at 9:27 PM.
O tema já foi ao de leve abordado neste blog, mas, possivelmente, não dispensámos a devida atenção à música de Nel Monteiro intitulada: Puta Vida, Merda Cagalhões.
Uma letra tocante. Um exercício de reflexão. Uma ode à luta do povo. Um discurso que os sindicalistas João Proença e Carvalho da Silva pagavam para ter proferido.
Enfim, mais palavras para quê? Aqui fica a letra completa, tirem as vossas conclusões.
Eu fiz o mesmo, fazendo minhas as palavras de Nel Monteiro: Puta vida merda cagalhões / Até parece que sou filho do azar / Pois até o Euro Milhões / Só merda me está a dar.
“Puta Vida Merda Cagalhões”
”Por não ter condições de vida
E ver sinais de mal a pior
Desculpem a linguagem
Mas não tenho outra melhor
Desculpem a linguagem
Mas não tenho outra melhor
É muito duro ser pobre
E mais duro é com certeza
Um pobre ser toda a vida
A lixeira da nobreza
Um pobre ser toda a vida
A lixeira da nobreza
Puta vida merda cagalhões
Porque será que tem que ser assim?
Os casebres e as mansões
Desigualdade sem ter fim
Puta vida merda cagalhões
Até parece que sou filho do azar
Pois até o Euro Milhões
Só merda me está a dar
A Expo 98
Tanta nota ali perdida
E tantos pobres pedintes
Sem terem nada na vida
E tantos pobres pedintes
Sem terem nada na vida
Não é defeito não ter
Nem para cagar, um penico
Defeito é ir tirar
Ao pobre para dar ao rico
Defeito é ir tirar
Ao pobre para dar ao rico
Puta vida merda cagalhões
Porque será que tem que ser assim?
Os casebres e as mansões
Desigualdade sem ter fim
Puta vida merda cagalhões
Até parece que sou filho do azar
Pois até o Euro Milhões
Só merda me está a dar
Estádios de futebol
Oferta de mão beijada
A quem já ganha milhões
E milhões sem ganhar nada
Ser pobre não é defeito
E ser rico também não
Defeito é ver um pobre
E não lhe dar um tostão
Defeito é ver um pobre
E não lhe dar um tostão
Puta vida merda cagalhões
Porque será que tem que ser assim?
Os casebres e as mansões
Desigualdade sem ter fim
Puta vida merda cagalhões
Até parece que sou filho do azar
Pois até o Euro Milhões
Só merda me está a dar
Aquela Casa da Música
Que não tem nada no Porto
Um insulto a quem não tem
Um minuto de conforto
Um insulto a quem não tem
Um minuto de conforto
Os vintes e dois mil milhões
Todos sabem para onde vão
Para a Ota e TGV
E não vai sobrar tostão
Para a Ota e TGV
E não vai sobrar tostão
Puta vida merda cagalhões
Porque será que tem que ser assim?
Os casebres e as mansões
Desigualdade sem ter fim
Puta vida merda cagalhões
Até parece que sou filho do azar
Pois até o Euro Milhões
Só merda me está a dar
Quando o homem se convencer que a modernização do mundo terá de começar por acabar com a pobreza, aí sim, teremos um mundo melhor.”
JM
pois é!!!lol, deliciosa esta música. daquelas que nos levam a reflexão realmente: como é que pode haver editoras que deixam sair ca pa fora este tipo de coisas??e depois os artistas portugueses reclamam que as rádios não passam os 50% de musica portuguesa que deviam.com esta qualidade realmente só se for pas radios serem destruídas pelos ouvintes á pedrada..é que ouvir esta letra leva a loucura..e eu que o diga: infelizmente um dos meus progenitores comprou esta coisa o que trouxe graves implicações para a minha sanidade mental. Afinal o que é mau sempre vende!!!
e posto isto ca vão beijinhos po meu João (pois claro que te amo) e pos restantes porquinhos
ass: patricia alves silva
É uma Joana D'Arc!!
ainda tens essa esperança???de um mundo melhor???bjs
Estou comovido com a profundidade desta reflexão! O Nel é um pensador, um visionário. Estou rendido!
ehehe!! Saudações infernais!
UM SANTO NATAL E QUE 2007 SEJA DE FACTO UM "ANO ÍMPAR"... :-)
é preciso ser muito corajoso para cantar uma coisa dessas!