Os três porquinhos - Trimoços

Blogue mantido, a muito custo, por António Simas, João Campos e João Miranda - Temos imperiais e tremoços sempre a sair!

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Façam fila se faz favor!



Há dias disseram-me na cara que sou estranho. Sim admito, interesso-me por extraterrestres, anões e sandes de presunto. Mas basta olhar à minha volta para perceber que há gente mais estranha que eu. E para já aponto o grupo social das velhinhas que passam à nossa frente nas filas dos transportes públicos.

Normalmente numa paragem de um autocarro as pessoas formam uma espécie de fila indiana (isto para quem já não os usa há algum tempo) e essa fila mantém a sua configuração até à chegada de uma qualquer velhinha inocente. Digo inocente porque olho para elas e só me dá para pensar em acções altruístas, do tipo ajudá-las a atravessar a estrada, procurar os gatos delas que estão presos em árvores, limpar-lhes a cara quando se babam muito, enfim, sou assim. E lá vão elas sorrindo enquanto se dirigem para a entrada do veículo, pé ante pé, e quando reparo já estão a minha volta e com um sorriso ainda mais terno que esconde bem toda aquela malícia que têm dentro delas.
E heis que chegamos à entrada do autocarro, e há ali um impasse, "deixo a senhora passar? Ou forço a entrada que é um direito meu? " - penso para os meus botões - e num acto impensado decido não entregar de mão beijada este meu direito. O que é que acontece? Empurro a velha sem dó nem piedade e solto uma gargalhada sonora "Muhahahaha", e como é óbvio, a senhora protesta como se tivesse razão e consegue virar toda uma multidão contra mim.

Sinceramente, já reparam na ligeireza movimentos com que elas fazem isto? Parecem felinos dotados de uma agilidade impressionante. Sujeitos com aquela destreza de movimentos só costumo ver nas olimpíadas ou quando aparecem chineses no 'Herman circo'. Cá para mim são seres de outro planeta que são enviados para estudar até que ponto vai a paciência humana. Ou então são velhotas que andam a tomar demasiadas vitaminas e têm de esgotar a energia de alguma forma. Mas também as podemos comparar a crocodilos, são rápidos em espaços curtos mas cansam-se rapidamente. Isto porque depois de fazerem esta proeza e ao entrarem no autocarro parece que perdem a energia e exigem o nosso lugar sentado.

Mas na verdade o que as faz pensar assim? Será que as varizes e pernas arqueadas pela idade lhes confere o direito a quebrar algo que é instituído pela sociedade há décadas?

AS

Demónio de penas

Nos meus dias de rebeldia jurei defender os pombos de Odivelas quando a autarquia propôs que se alimentassem os bichos com milho contraceptivo para controlar a natalidade dos mesmos, e pensam vocês, estavas sob o efeito de álcool quando pensaste nisso? Sim claramente! Tudo muda quando temos um carro nas mãos para lavar depois de um ataque frenético deste mensageiro alado da morte!

Pois bem, quando pensam em pombos qual é a primeira coisa que vos vem à cabeça? Cocó de certeza. Depois de reflectir sobre isso até parece que eles são máquinas de fazer diarreia, não só porque o que defecam tem um aspecto nojento, mas porque estão sempre prontos a mirar a sua bazuca anal nos nossos carros ou mesmo nas nossas cabeças, parece que tem reservas infinitas de dejectos e têm gozo em ver-nos revoltados. Além disso as fezes têm propriedades destrutivas, são como uma espécie de ácido. Sejam carros, estátuas, casacos de pele ou cabeças desprovidas de cabelo, nada está a salvo deste cocó radioactivo.

E por falar em gozo, quem é que ao conduzir nunca se teve de desviar de pombos que estão no meio da estrada? Deixo aqui um recado: Não se desviem! Eles fazem de propósito. Estes animais esperam até ao último segundo para saltarem para fora do alcance dos carros mas saltam, posso garantir, ainda não fiz o teste mas se algum de vós o fizer não se arrependerá.

Por fim, já repararam bem no aspecto sinistro do bicho? Quando se empoleiram na nossa janela ficam com aquele olhar vidrado fixo em nós balbuciando umas palavras em pombolês “Crrruuuuuu…cruuuuuuuu…” enquanto abanam a cabeça num tremelique inquietante tal doente de Alzheimer. E ali ficam até que alguém se digne a aproximar-se deles e bata umas palmas para os assustar…

Sinistros, sujos, destrutivos e mesquinhos, assim são os mensageiros alados da morte.

AS

P.S.: Sim, o blogue está ligado à máquina, respira com dificuldade mas vai respirando até que alguém se digne a cometer eutanásia, que por acaso é crime…

Cá se fazem, cá se pagam

A nossa associação, “Os 3 porquinhos”, procura estar sempre na vanguarda em qualquer que seja a área, sendo assim, é com enorme prazer que revelo em primeira mão a nossa aposta no sector da diversão familiar, a Piñata José Sócrates!

Para quem não está familiarizado com as pinhatas deixo aqui uma palavra que explica bem a ciência da coisa: Pauladas! O objectivo é desancar numa figura, munidos de um pau, de modo a que esta quebre e revele os presentes que tem no interior.
Quem é que nunca sonhou sovar o Primeiro-ministro como se não houvesse amanhã? Eu já. Mas não façamos disto um jogo violento, mais do que um objecto anti-stress, a pinhata, é pólo de diversão multiuso. O interior do bicho pode ser composto por tudo aquilo que você queira, sejam rebuçados e brinquedos para as crianças, líquidos e até sémen animal (caso se queira vingar de alguém). Basta dar bom uso à sua imaginação e pensar em tudo o que gostaria que o P.M. lhe desse.

Juntamente com a pinhata enviaremos um saco com moedinhas de chocolate para que de cada vez que rebenta o animal possa sonhar com todo o dinheiro que lhe sai do bolso, porque sonhar é bonito. Encontrará também com o seu novo companheiro um conjunto de 10 remendos, assim poderá espancar o animal as vezes que quiser!
De salientar que o uso do mastro de madeira (que oferecemos igualmente) não é obrigatório, pegue em paus, pedras, soqueiras, rolos da massa, lança-chamas ou mesmo na sua sogra e não pense em mais nada! Todas as armas de arremesso servem.

No futuro esperamos juntar à figura de José Sócrates todos os seus ministros e também Tozé Martinho e Rui Vilhena (porque as novelas da TVI precisam de um lifting ou não?) de modo a assegurar a sua diversão até inventarem uma coisa melhor.

P.S. O meu amadorismo no mundo do Photshop é gritante, mas pelo menos o Primeiro Ministro está sorridente, parece que gosta de uma palmadinha de vez em quando

AS

Foi na loja do Mestre André que eu comprei um pifarinho

Serei eu a única pessoa no país a não achar estranho que no dia VINTE E OITO DE OUTUBRO faça um pouco de....como é que se diz?....aaaaa....ah é isso: FRIO?

Epá pessoal...Outono! É normal! Uns dias menos, outros mais. Mas....como dizer isto de uma maneira que entendam?...é...normal!

Esperem só até vir uma cena mesmo marada..aí até se passam! Fica aqui o nome, para não dizerem que não vos avisei: Inverno. Ui, aí é que vai ser...às vezes aposto que até pode chover! Sei que é assim um tiro no escuro...mas...

JC

Quem sabe.....sabe (3)

E a minha avó do alto dos seus 82 anos virou-se para mim e disse: "Quando o homem do Penafiel ia para chutar a bola eu disse ai que ele vai falhar e ele falhou mesmo! Da próxima não digo nada, coitado."

E pronto. O futebol resume-se a isto. Um capricho da minha avó e a bola não entra.

JC

O meu amigo saca-rolhas

Tenho um amigo especial. É o meu amigo saca-rolhas. Gosto de tudo nele. Da cabeça levemente arqueada nos flancos e recta no topo. Da perna única em espiral, como se a cada momento nos lançasse um desesperado repto: "amigo, preciso de ajuda, segura-me por favor". Daquela espécie de ombros com esporas como as botas dos cowboys. Do seu pescoço sobe-e-desce. Gosto de seu jeito desengonçado. Gosto de brincar com ele. "Olá, eu sou o saca-rolhas". "João, anda, vem brincar comigo!". Gosto do seu nome artístico "corkscrew" porque no fundo é mesmo isso que ele faz. Não é interesseiro, não é falso, não é cínico. Não me chateia, não é aborrecido, é uma amendoeira sempre em flor. Tem o seu quê de sexy, é charmoso e bem-parecido. Só que ninguém parece achar o mesmo. Porquê? Não sei. Mas não precisamos de mais amigos, não é, Saca? Eu e tu chegamos e sobramos para este mundo de malucos. Gosto de ti. És o meu amigo saca-rolhas.



JC

O BES paga!

Estive um mês ausente, é verdade, a blogosfera já sentia a minha falta mas esta ausência não foi propositada, ausentei-me porque faleci. Faleci cerca de 5 vezes, tanto que os meus amigos já repararam e alguns deles até tentam demover-me, de modos que passei este mês a levar sermões: “AS andas a falecer por tudo e por nada…olha que isso não te faz nada bem! O Benfica perde, faleces. A tua irmã não usa bem o piaçaba, faleces! Os jeovás abordam-te na rua e o que fazes?! Faleces! Assim não, tens de parar com esse vício. Até emagreceste 2 quilos…”. Na verdade estou a tentar deixar esta mania de falecer em todo o lado mas é difícil.

Passado este momento de pura estupidez sem graça nenhuma devo dizer que ando preocupado. Ando preocupado porque o povo português anda a ser enganado. Ainda todos se lembram dos malfadados assaltantes brasileiros que foram mortos depois de tentarem assaltar um balcão do BES certo? Terá sido a nossa sociedade viciosa a verdadeira culpada por este acto de desespero? Claro que sim! Nomeadamente a publicidade. Eu sou ingénuo e acredito em quase tudo o que me dizem, e quando vejo cartazes que dizem “ o BES paga!” espalhados por todo o lado a coisa ganha mais força. Então dirigi-me a um balcão da conhecida entidade bancária e tentei que estes me pagassem uma mesa de pingue-pongue e não é que se riram na minha cara?! Não gostei, mas como sou uma pessoa de bem virei costas e abandonei o local. Agora imaginem duas pessoas irascíveis sem nada a perder, que entram no banco, e pedem que o BES lhes pague uma máquina de algodão doce. Obviamente que não lhes deram, então acho bem que tenham tentado assaltar aquilo, eu por uma máquina de algodão doce faria o mesmo e você também.

Foi um mês de ausência e tudo o que tenho para escrever é isto? É, porque desde que começou a nova série dos ‘Morangos’ que não consigo largar aquilo.

Mas já agora, estava eu a rever uma cerimónia de entrega de prémios musicais e reparei que nenhum representante do mundo do Hip-Hop subiu sozinho ao palco quando solicitado, ou seja, vão onde forem, seja receber um prémio, irem às compras ao minimercado ou mesmo quando as mães os chamam para jantar, têm de levar a crew com eles. Será que descobri uma síndrome em tudo igual à atribuída às mulheres que nunca vão sós ao W.C.?

AS

O meu mundo por uma pochete

Há por esse mundo fora pessoas que precisam de uma vida para perceberem qual a sua missão na Terra, pois bem, eu já sei qual é a minha! Vim ao mundo para revelar ao sexo masculino tudo aquilo que as bolsas das mulheres escondem! Eu sei que é um risco enfiar a mão dentro do dito objecto, não só porque as proprietárias são possessivas mas porque não se sabe o que estará lá dentro. Para mim as pochetes são como um buraco negro só que têm a vantagem em relação a estes de aparentemente ser possível recuperar tudo o que se manda lá para dentro. Digo aparentemente porque é doloroso ver o tempo que as mulheres demoram a encontrar algo que lhes seja solicitado, é como entrar no quarto de um solteirão, eles sabem que o par de boxers que usaram no encontro com a loiraça da semana passada está lá, não fazem é ideia onde.

- Querida podes emprestar-me o batôn do cieiro?

-Claro que sim, dá-me só um segundo para ver se o encontro.

5 minutos depois o homem pergunta:

- Querida precisas de ajuda?

-Não! Ele está aqui neste compartimento!

Passam mais 10 minutos e o homem tenta ajudar, mas ao colocar o seu braço dentro da bolsa fica surpreendido com a profundidade do objecto, é como se não tivesse fundo e sendo assim será para ele impossível encontrar algo que seja ali dentro, mesmo que seja de um avião que esteja à procura. De qualquer forma, sem se aperceber, é violentamente mordido pela sua companheira que revela toda sua possessividade e interesse em proteger a sua privacidade.

Apesar de tudo esta profundidade das bolsas pode ser positivo. Elas conseguem lá guardar tudo o que é indispensável à sua sobrevivência. E pergunta o leitor: “ Que objectos são esses ó guru que tudo sabes?”, normalmente são porta-moedas, telemóveis, lenços de papel, tudo o que seja maquilhagem, aspirinas, um espelho, livros, garrafas de água, um enorme molho de chaves, óculos de sol…e isto é só o começo, há relatos de mulheres que roubam frigoríficos em lojas de electrodomésticos enfiando-os nas suas malas! É pura verdade. As possibilidades de armazenamento são virtualmente ilimitadas, por exemplo, ainda ontem pedi à minha mãe um carro novo e ela do nada tirou um carro de dentro da mala. Ok, se calhar estou a exagerar, tirou um triciclo…

As bolsas estão para as mulheres como as malas de ferramentas estão para nós. Se bem que se lhes pedirmos um martelo de certeza que elas conseguem tirá-lo do seu armazém pessoal mas se nos pedirem para tirarmos um secador de cabelo de dentro da nossa mala de certeza que não o teremos, não só porque não cabe mas porque não faz sentido lá termos um secador. Ou seja, útil ou inútil, insólito ou não, tudo o que é possível imaginar cabe dentro de uma bolsa feminina.

Meu caro amigo, se um dia chegar a casa e notar que o tampão da sanita está para cima e não conseguir encontrar o amante da sua mulher no armário não desista, quase de certeza que estará escondido na bolsa Louis Vuitton da sua esposa.

AS

"Légalaize"

Pretende o seguinte texto promover à discussão aquela que é a minha batalha pessoal no capítulo da legalização de comportamentos tidos como reprováveis e/ou ilegais na sociedade hodierna.


Há por aí um sururu danado cada vez que alguém se lembra de mandar 2 ou 3 bitaites sobre legalização das drogas leves; conhecemos a discussão e a polémica geradas pela legalização da interrupção voluntária da gravidez; também a legalização da posse de armas em certos países merece um eterno esgrimir de argumentos e fervores incendiados. Como estas querelas, outras mais haverá que de momento não me ocorrem mas que poderão porventura ser tão ou mais prementes no panorama nacional e internacional.


Quanto a mim, a legalização das drogas leves afigura-se secundária quando colocada lado a lado com a legalização das asneiras leves. É o meu finca pé. É a minha batalha. Bater-me-ei sempre por um mundo em que mais do que fumar uma ganza à vontade eu possa proferir abertamente as palavras "Não, senhor professor, isso seria uma atitude de um coninhas!" ou "Senhores deputados, não percamos tempo com discussões de merda, sejamos práticos, porra!".


Creio que deixei o meu ponto bem claro. A questão resume-se à evidência de que não há nenhum sinónimo que esteja à altura da palavra "coninhas", e toda a conversa pode muito bem ficar por aqui.


Uma única ressalva: a legalização de todo o tipo de asneiras seria a ruína do mundo do palavrão. Perderia o significado deixar escapar um "fo*a-se" quando se entorna o café se isso fosse comummente aceite por todos. (Aliás, reparai como censurei a expressão escrita, para conferir dignidade ao palavrão utilizado.)


E quem não concordar comigo, palavra de honra que são todos uns coninhas.

Tenho dito.


JC

Yo curte só este som

Há manias e manias. Há gente que tem medo do escuro, uns de aranhas e até medo do Papa (para que conste esta patologia dá pelo nome de Papafobia)! Eu…eu tenho Coulrofobia, que é como quem diz medo de Palhaços. Mas não estou aqui para me expor ao ridículo, a minha missão é na verdade alertar o mundo de uma epidemia que cresce a olhos vistos! E deixo a pergunta no ar:
Caro leitor, já se apercebeu que sempre que sai a um local público os seus passos parecem ser acompanhados por uma banda sonora?
Pois bem, a moda de mostrar ao mundo que o nosso telemóvel tem leitor de mp3 veio para ficar e está em todo o lado. Parece que já não é “fixe” ouvir música pelos clássicos headphones, agora o que está a dar é ligar o altifalante do aparelho e permitir que toda a gente num raio de 100 metros ouça o que nós queremos. Ou seja, se eu quiser ler as últimas noticias sobre o Benfica no meu jornal não posso porque não me consigo concentrar, tudo porque o Bazof do fundo do autocarro decidiu mostrar que gosta de Hip-Hop. Quero dormitar um pouco na praia e não posso porque a criança da toalha ao lado quer ouvir o Avô Cantigas.
Enfim, é engraçado que a nossa vida tenha uma banda sonora mas a partir do momento em que as pessoas que estão conosco na fila para o W.C. têm de levar com o último sucesso do José Malhoa que temos no nosso telemóvel passa a ser chato.
Estarei a ficar velho para estas modernices?

AS

O pum-pum

Embrenhado nos meus pensamentos, a sós com a minha mente num dos muitos momentos de tédio que povoam o meu mundinho ridículo, e enquanto atirava contra a parede uma bola de borracha infantil (infantil não é a borracha, mas sim a bola...e eu, porque eu também sou infantil) furada pelos dentes caninos do meu cão, entretive-me com a seguinte temática: o pum-pum.

Sei o que estão a pensar..."Mas JC, como é possível aprofundar a reflexão cuidada que esse tema merece estando entretido com outras tarefas menores? Como é possível apreender todo o mundo que é o pum-pum enquanto se coça o escroto no sofá da sala e se atira a bola para o cão ir buscar?" Pois é, mas os leitores esquecem-se que eu consigo fazer isto ao mesmo tempo sem desconsiderar nenhuma das actividades, e colocando o mesmo empenho e dedicação que emprego na arte de fazer os ruídos da selva. (Faço sim senhor...o senhor gorila, o senhor guaxinim, o senhor rinoceronte. Faço sim.)

O pum-pum, meus amigos, é poesia. É criação artística. É liberdade. É carinho. É um cafunézinho, um gesto de amizade, uma festinha de criança.
O pum-pum é democrático porque é de todos. É meu, é teu, é de toda a gente...assim que o soltas já não o apanhas. O pum-pum é amigo, está sempre contigo...contido ou solto, curto ou longo, discreto ou ruidoso, seco ou molhado...o pum-pum é...o pum-pum.

O peido é rude. O gás é abstracto e desinteressado. O pantufinhas é brincalhão. A bufa é brejeira. Mas o pum-pum...oh!...o pum-pum é amoroso.

E o cão cansou-se de ir buscar a bola. E eu cansei-me de pensar. E soltei um pum-pum. E que pum-pum...digo-vos, e que pum-pum. Foi um senhor pum-pum.

JC

Se a minha escova de dentes falasse...

A lingua portuguesa é inequivocamente a mais bela do mundo, não o digo por puro facciosismo, mas porque é mesmo bonita. Mas, há algumas frases e ditados que se pensarmos bem no seu significado real, o mais provável é termos uma epifania que altera por completo a nossa visão das coisas. Há uns dias atrás, eu e os meus valorosos companheiros de escrita, JM e JC, entrámos no carro do primeiro quando já confortavelmente instalados JC grunhe uma profecia: “Se este banco traseiro falasse...” e visto isto não me pude deixar de debruçar sobre a frase. Que raio! Eu olho para o banco de trás daquele carro e este não me parece um banco intriguista! Quem me diz a mim que se este falasse iria contar ao mundo que na noite anterior JM e seu companheiro Aniceto viveram momentos de ardente paixão enrolados nos estofos do dito cujo?! Na verdade as pessoas limitam-se a generalizar atribuindo características negativas aos objectos. Mas quem diz este banco diz por exemplo uma cama. E eu não consigo imaginar que a minha cama diga à minha mãe que soltei três bufas, ontem à noite, e enfiei a cabeça debaixo dos lençóis para apreciar efeito destas. Vejo-a sim a exacerbar as minhas qualidades enquanto dormito. Olho-a como uma confidente e amiga. Da mesma forma que a minha escova de dentes não diria que cheiro cada vez pior da boca, ou a minha sanita que as minhas fezes estão mais liquidas...
O massajador facial da Roberta, o tubo de vaselina do Bonifácio e o confessionário do Padre Quim merecem respeito, mais do que objectos inanimados, são nossos confidentes. Não ao insulto gratuito!

AS

Aparição

Está frio. A minha mãe aproveita para fumar um cigarro na cozinha, um dos poucos espaços onde o olhar crítico da sociedade não chega, no qual pode deleitar-se com este vício. Descontraída observa um descampado defronte da cozinha. Não se vê vivalma mas eis que de um caniçal surge um vulto. Um sujeito ostentando uma boina na cabeça, bigode farfalhudo, nariz vermelho e barriga grande de cerveja. De seguida surge outro sujeito com traços semelhantes e logo outro atrás. Espetam um pequeno mastro de metal no chão e afastam-se com passos calculados e a uma dada distância começam a atirar ferraduras em direcção ao mastro. A minha mãe não pode acreditar no que os seus olhos vêem, corre a chamar a família e ficamos ali a observar. Grito "por Deus! São senhores de bigode farfalhudo a jogar à malha!". Há comoção, alegria, choro. Há cerca de quinze anos que esta espécie não aparecia nesta zona de Portugal! Somos bafejados pela sorte, é um momento comparável ao regresso do lince à Serra da Malcata ou de Nuno Gomes aos golos! Desço as escadas apressadamente e ao chegar ao descampado escondo-me atrás de uma rocha grande. Tento aproximar-me mas os bichos fogem assustados para o caniçal. Para os atrair deixo no terreno um jarro de vinho tinto e um pires de amendoins. Ao afastar-me vejo que regressam timidamente. E ali os deixo sossegados.
3 meses depois deste avistamento registaram-se mais uns quantos o que significa que se estão a fixar e até a procriar! De facto já foi possível observar uma cria imberbe e barriga saliente tentando imitar os mais velhos. Após esta fantástica conquista luto para fixar populações de oleiros e tocadores de gaita de foles mas ainda em vão.
Despeço-me com amizade, até um próximo Trimoços Geographic.

AS

P.S. Este meu hiato criativo fica-se a dever ao meu novo hobby, criação de delícias do mar em aquários. Actividade que me ocupa muito tempo devido à fragilidade do bicho em ambientes que não o do mar salgado de Sesimbra.

Totobola

Totobola. Um mundo por descobrir. Em que outra realidade deste mundo de coisas supérfluas posso eu dar o meu palpite sobre um sempre escaldante Rio Ave - Freamunde? Haverá algo que me faça torcer por alguém num Valência - Deportivo para além deste espectacular jogo da Santa Casa? Não!
Exigem que acerte em pelo menos 11 de 13 resultados, acenando-me com um prémio gorducho em caso de sucesso na difícil tarefa (senão impossível) de prever o comportamento de pelo menos 25 homens (11 + 11 + 3 árbitros, fora os jogadores que entram nas substituições) e de acertar em cheio no desfecho de jogos em que pode acontecer um pouco de tudo.
O que é que ainda não se viu num relvado? Desde mulheres nuas a galinhas soltas em campo, desde telemóveis arremessados a cenas de pancadaria, desde pernas partidas a feridas cosidas a sangue frio por um massagista gordo e de óculos. Golos que nunca existiram, bolas que entraram mas que o senhor do apito não viu, presentes em ouro numa certa cabina ao final do jogo, temporais que adiam decisões, bolas cor-de-laranja para se verem na neve, botas desenhadas personalizadamente, camisolas com tecnologia anti-humidade, bandeirolas abichanadas agarradas a um pau que dois senhores gostam de agitar com veemência. É penalty, é livre, é canto, é cartão, é a "p*** que te par**, que não vistes o que toda a gente viu, ó cara**o". O mundo do futebol condensado num pequeno papel, a esperança de uma carteira recheada numa grelha de cruzinhas, a expressividade de um "não percebo nada disto" espelhada no verso da aposta em tons cor-de-rosa, o instrumento ideal para o mais convicto treinador de bancada. Eu, tu, qualquer um, somos o Mourinho das nossas terras. Ou dos nossos prédios. Vá, das nossas casas. Eu, tu, qualquer um, somos adeptos do Desportivo das Aves, do Wigan Athletic, do Nápoles, do Olhanense, por um dia, e tudo ao mesmo tempo. Eu, tu, qualquer um, sentimo-nos senhores ao dizer à operadora: "é desta que eu fico rico!". Eu, tu, qualquer um, somos os reis das cruzinhas, do 1 x 2, desse lindo jogo que é o Totobola.

JC

Eu tive um sonho

Dizia alguém aqui há dias, na televisão, que José Sócrates cumpriu uma das suas promessas eleitorais, reduziu o défice, o que para começar não é nada mau. Na mais pura e inocente insanidade, que tão bem me caracteriza, reflecti sobre a verdadeira razão que torna tão difícil a execução das ditas promessas. Sócrates é um homem religioso, logo o pagamento de promessas é algo a que o Primeiro-ministro não pode fugir. Mas eu coloco-me no lugar de Sócrates, nunca fiz nenhuma promessa à Santa logo nunca fui a Fátima a pé, mas as imagens dos peregrinos que passam anualmente na TV, de gentes que percorrem centenas de KM's cujos pés aumentam o seu tamanho em três vezes, cobertos de bolhas ensanguentadas que só a fé e umas pomadinhas podem curar, movidos apenas por uma força interior quase inexplicável, deixam-me impressionado e a pensar duas vezes, aquilo é capaz de doer mesmo e não acredito que o alto representante do governo seja apologista da dor em prol do pagamento de promessas. O relevante aqui é que José não precisa de ir a Fátima a pé porque não fez promessas à Virgem, fez sim aos portugueses, logo quando promete que vai aumentar as reformas e não extingui-las faz uma promessa a todos os idosos do país e há uma forma inteligente de resolver isto, José Sócrates só tem de sair de São Bento de joelhos e dessa forma dirigir-se ao ponto mais próximo onde os jovens acima dos 65 anos se reúnem para jogar chinquilho ou à sueca e está paga a promessa. Sócrates promete que não vai perseguir tanto os feirantes, vai de joelhos até à feira do relógio. Promete que vai melhorar os acessos entre a periferia e a cidade de Lisboa, vem a Odivelas de joelhos, onde todos o esperamos com paus e pedras, estou na reinação Zé, são mais archotes e uma cruz sobre um belo amontoado de lenha que acenderemos em ocasião de sua visita. Isto é o que proponho ao Sr. Primeiro-ministro, uma forma mais fácil de pagar as promessas que faz. Mas mesmo que este aceitasse esta proposta de certeza que engenharia - palavra da mesma família que engenheiro - uma forma de não se aleijar muito no processo, possivelmente colocaria umas joelheiras, mas não é isso que os portugueses querem, queremos sangue!
E aqui entre nós, de certeza que Sócrates faz figas de cada vez que faz uma promessa à gente, é pouco malandro é...

AS

P.S. José, prometeu-me que o Benfica ia ser campeão, mexa lá uns cordelinhos s.f.f.

Ao Abílio

Ao Abílio.
Ia eu a caminho da faculdade para realizar a minha última frequência do semestre quando presenciei um diálogo deveras interessante, cujo teor se revela assaz pertinente para exposição neste blog. Um senhor na casa dos seus 55 / 60 anos sai de um carro acompanhado por aquela que devia ser com certeza a sua esposa, e dirige o seguinte comentário para o arrumador de carros que o tinha co-adjuvado na difícil tarefa de enfiar o automóvel no anicho reservado para o efeito: “Você não tava aqui antes, pois não?”. Ao que o supracitado respondeu: “Não pá, mudei de lado já há alguns meses, antes tava do outro lado.”
Portanto, mais do que um arrumador de carros que tem a perfeita noção do lucro que obtém de um e de outro lado da via, temos ainda um utente atento (tanto “T” que utilizo!, tento travá-lo, todavia o teclado trai-me) que acarinha estes técnicos de ocupação do território, indagando acerca do seu árduo trabalho.
Já era tempo de o Sindicato dos Arrumadores de Automóveis se mexer e fazer alguma coisa. Este é, tanto quanto sei, o primeiro fenómeno de progressão na carreira, e bem o merece o moço que a alcançou. Vendo a forma exímia com que manejava o jornal enrolado na mão esquerda e a maneira perfeita como descrevia movimentos circulares com a mão direita para indicar o rumo a dar ao volante, creio que não merecia apenas mudar de lado da estrada, como ainda se justificava um qualquer decreto-lei que fixasse as moedas de 2€ como pagamento mínimo para os seus serviços! E que tal uma casa-de-banho pública que evitasse que o - vamos chamar-lhe “Abílio” - fizesse chichi na rua? Porque ele faz, já o vi várias vezes encostado ao muro, de costas para o mundo, com as mãos ao nível da cintura, correndo um rio amarelo pelas pedras da calçada. E depois tenho o AS e o JM a quererem vir comigo para a faculdade, na esperança de um olhar fugaz que lhes permita vislumbrar a totalidade ou pelo menos parte do…continuando, Abílio, amigo, parabéns pela mudança de lado (sem quaisquer trocadilhos com a tua orientação sexual, como sucede com os co-autores deste blog). Qualquer dia mudas de país. Sim, que trabalho como tu o fazes, só se vê lá fora…nem um espelho lascado, nem um risco na chapa, nem um encosto no de trás ou um “beijinho” no da frente. Os carros que arrumas ficam equidistantes à frente e atrás, perfeitamente alinhados e sabiamente organizados segundo ordem alfabética (2ª e 4ª feiras), harmonia cromática (terças e quintas), preço de mercado (sextas e sábados) ou “whateva mothafocks” (domingos e feriados), em que privilegias o caos, só para variar. Sem descanso semanal ou férias pagas, é obra.

Um grande bem-haja, Abílio.
Atenciosamente,
JC

Ano Novo, Feira Nova

Querido diário, ainda me sinto meio abananado com a passagem de ano. A festa de arromba que fiz com a minha avó Gertrudes deixou marcas. Torcemos ferozmente pela família Azevedo no "Família Superstar" enquanto na loucura bebiamos shots de leite achocolatado Ucal. Depois de darmos conta do leite passámos para o chá preto, diz que tem cafeína e que nos deixa assim muito acelerados.
Mas o ponto alto da noite foi quando abrimos a garrafa de espumante, enchi quase metade do copo, e depois daquilo fiquei muito contente e ri muito. Já não me sentia assim desde que o primo Abílio me deu a fumar aquele cigarro que tinha um cheiro engraçado.
Ao acordar no dia seguinte percebi que foi um ano fantástico, sendo a última noite o ponto alto, mas de qualquer forma decidi fazer uma lista de resoluções para o novo ano, para que sejam mais 366 dias memoráveis, aqui vai:

- Deixar de fazer telefonemas anónimos do tipo: "É de casa do Sr. Leitão? É para dizer que foi promovido a porco!"
- Não usar os W.C. públicos dos deficientes motores só porque são mais espaçosos.
- Aprender a dizer palavras ao arrotar.
- Beber menos café porque me deixa um bocadinho agitado.
- Dedicar menos tempo ao canal Fashion TV e mais às mulheres a sério.
- Cortar o cabelo à Paulo Bento.
- Escrever um livro cujo título será "Eu, Raimundo".
- Fazer psicoterapia para acabar com os impulsos piromaníacos.
- Tomar mais de um banho por semana.
- Não comer o alimento do gato.
- Não apalpar tanto os meus amigos.

Pronto, é isto, para 366 dias acho que é suficiente.
Entretanto já tive tempo de sair à rua e saborear o novo ano, quis ver o que mudou por cá, mas parece que não há muito que contar...É verdade que os fumadores vão começar uma guerra civil, que as reformas aumentaram quase 3% e que o preço da gasolina vai aumentar, em breve seremos também o país da U.E. com a gasolina mais cara, sempre para a frente Portugal! Mas, tirando isto pouco ou nada mudou, os empregados de café continuam a cortar as bolas de Berlim ao meio, temos um Sócrates que de pensador tem pouco, não há estrelas porno mundialmente conhecidas a morar no nosso país, o Joe Berardo está por cá para chatear toda a gente, os gorros à campino continuam na moda entre o pessoal bazzoff, continuamos a ser mal atendidos no Allgarve por sermos portugueses, o Rui Santos continua sem amigos e o Mantorras coxo, cenas do nosso quotidiano que me levam a perguntar, será que o fim de ano calhou mesmo a 31 de Dezembro ou vem um bocadinho atrasado?

Raimundo

Quem sabe...sabe

E a minha avó vira-se para mim do alto dos seus 81 anos e diz-me: "Ai filho, Deus te dê uma rapariga desenrascada e jeitosa!" Eu também espero avó. Sobretudo jeitosa.


E eu disse para a minha avó: "RFM, só grandes músicas." E ela respondeu-me: "O quê? Sogra das músicas?" Sim, era isso avó.


Tenho dito: o país não anda para a frente enquanto as rádios portuguesas não ouvirem o que a minha avó tem para dizer. É toda uma panóplia de pérolas que vale a pena. A começar por slogans que ficam no ouvido. "RFM, sogra das músicas." Tenho dito.

JC

Tenho uma arma

Aqui há coisa de dias acordei e logo que saltei da cama liguei a internet para saber boas novas sobre o caso Maddie. Quando abro a página principal do portal Sapo, vejo escarrapachada a frase "Tenho uma arma!", assinada por Pedro Abrunhosa. Posso dizer que fiquei assustado. A imagem de um cantor, que à primeira vista aparenta ser cego, com uma pistola de calibre 9mm intimida-me. Se ele começasse aí aos tiros como se não houvesse amanhã? Já o imaginaram na baixa do Porto com uma metralhadora numa mão disparando a tudo o que move ao ritmo de versos sádicos?

Um pedaço de cérebro
espalhado pelo chão
um litro de sangue
que jorra do coração.
Agora mato-te a ti,
a seguir a tua tia,
quem sabe entro em tua casa
e enfio a cabeça da tua mãe na pia.

Mas depois de muito reflectir aliviou-me a ideia de que para além de ser cego, Abrunhosa, em muito se assemelha a um simpatizante de extrema-direita, um Skinhead vá, e que possivelmente a sua ira iria ser aliviada num grupo de negros vindos do Ruanda. A emoção provocada por aquelas palavras era tanta, que as ideias surgiam naturalmente: "Se calhar não é isto...Sendo ele portista não lhe terá sido facultada uma arma de modo a que pudesse calar de vez Carolina Salgado? Huummmm, muito rebuscado...Será que deram uma arma a todos os cantores e finalmente Miguel Ângelo, vocalista dos Delfins, se vai poder vingar de todos aqueles que puseram em causa a sua veia poética, ao mesmo tempo que o injuriavam questionando as suas opções sexuais?". Foram minutos de incerteza mas eis que tomo a decisão de clickar em cima daquela frase e descobrir afinal do que se trata. Desilusão total, é apenas o título de uma música. Dois minutos a pensar em situações que fizessem sentido e no fim calha-me isto!
Não sou grande fã do artista do norte, mas devo confessar que achei piada uns versos - vá-se lá perceber porquê - que agora transcrevo:
"Tenho uma arma
E vou usá-la
Contra o meu corpo."

Depois disto meti-me a pensar no que faria se tivesse uma arma, e sabem o que é que eu fazia? Nada! Absolutamente nada! Porque matar é feio!

Moral da história: Não leiam só os cabeçalhos porque possivelmente ficarão na ignorância...

AS

Proposta de fusão

A notícia que tem marcado a actualidade é sem dúvida a proposta de fusão apresentada pelo BPI ao Milennium BCP. Não sei porquê, mas a coisa não me cheira. Porque estas coisas não funcionam assim! Ainda há pouco abordei uma rapariguita na rua, peito 88, cabelo comprido e óculos de sol na moda...apresentei-lhe uma proposta de fusão e o que recebi em troca foi um par de estalos! Não compreendi à primeira, e então avancei com uma atitude mais impetuosa...não seria uma OPA (Oferta Pública de Aquisição), seria mais uma OPAQESQTQ (Oferta Privada de Aquilo-que-eu-sei-que-tu-queres)...isto porque podia ser que em vez de um par de estalos ela me quisesse oferecer um par de seios...e que belos que eles eram! Mas anda assim quis manter-se apartada de qualquer tipo de negociação. Preferiu sentar-se à mesa com uma terceira entidade, num negócio que à vista desarmada me pareceu muito menos lucrativo. É por isso que não creio que vá avante a proposta de fusão ao BCP. Mas quem não arrisca não petisca! O AS também pensava que o marroquino não queria nada com ele e agora é vê-los a correr nus por esses arbustos fora!
Um brinde ao amor! E às propostas de fusão! E aos pares de estalos! E aos pares de seios!

JC

Um cogumelo tra lá lá

Muito se fala de álcool e droga neste blog, hoje não será excepção, mas, tudo feito com um forte teor didáctico e revolucionário.
Há uns tempos abriu em Aveiro uma loja que pretendia dar um pontapé na monotonia vendendo droga de forma legal em Portugal. Na altura fez-se um grande alarido mas agora já ninguém se lembra. Nesta loja vendem-se chás alucinogénicos, cactos e kits para cultivo de cogumelos mágicos. Para quem não sabe os cogumelos mágicos têm efeitos semelhantes ao LSD, se bem que mitigados, muitas luzes, sensibilidade, euforia e vontade de fazer o amor com o próximo, mas ao contrário do dito ácido não é ilegal. Pessoalmente sou a favor da liberalização de certos estupefacientes, até porque o álcool, uma droga altamente destrutiva como qualquer outra, é legal! E o café é outro... E mais, a cola de sapateiro, que segundo alguns desgraçados daqui da zona dá uma valente trip, pode ser comprado a um idoso que faça da arte da sapataria o seu ofício!
Meus amigos, se o cultivo de cogumelos mágicos pode ser feito à vista de todos porque é que eu não posso ter um arbusto de cannabis na minha varanda? É só isto que me traz aqui...
Entretanto, como todos sabem a lista de figuras públicas que fumam/fumaram droga é enorme: George Washington, Bruce Lee, Alexandre Dumas, Conan O'Brien, Jennifer Aniston, John F. Kennedy, Picasso, Salvador Dalí...cansados? Eu também. Por cá também temos alguns marotos que fumam mas temendo represálias não vou revelar nomes. Não, não peçam que não vale a pena...Oh JM não quero a tua colecção de Lego, não vou dizer! Mas dou-vos um exemplo vá. Já viram o programa de final da noite na SIC, o "Quando o telefone toca"? Já se perguntaram como é que o Quimbé vai para lá com aquela pica toda? É, bebeu uns cafés a mais...



AS

Já disse que não quero a tua colecção de Lego JM...


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